quarta-feira, 29 de julho de 2009

Chickenfoot é rock básico

A receita não é nova, mas parece que ainda funciona. Quatro nomes conhecidos da história do rock decidiram unir forças e formar mais um supergrupo: Chickenfoot. Apesar de ser um nome prá lá de estranho (a tradução é pé de galinha), é o resultado da união do vocalista Sammy Hagar (ex-Montrose e Van Halen) com o baixista Michael Anthony (ex-Van Halen), o virtuoso guitarrista Joe Satriani e o competente baterista Chad Smith (do Red Hot Chilli Peppers).

A sonoridade é calcada no hard rock dos anos 70, onde os riffs de guitarra se sobressaem nos arranjos. Uma tarefa fácil para um músico do quilate de Satriani, acostumado a passear pelas escalas pentatônicas de sua guitarra.

É impossível deixar de associar o som com o do Van Halen, até porque há dois ex-integrantes desse grupo nessa nova banda. Mas isso não representa um ponto negativo. Pelo contrário: Sammy Hagar teve ótimos momentos no Van Halen. E vale acrescentar que Satriani tem o mesmo tipo de pegada virtuosa nos solos.

O single de divulgação do disco, Oh Yeah, é bem descontraído e mostra uma banda descompromissada, apesar de todos os integrantes saberem bem o que querem. Mas há ótimos momentos nas faixas Sexy Little Thing, Runnin Out, Get It Out e Down The Train, todas de fácil audição para quem gosta do bom e velho rock´n roll.

Para Satriani, esta é uma ótima oportunidade para mostrar ao público que ele consegue também desenvolver um traballho em paralelo ao da música instrumental.
Se por um lado a crítica no exterior ficou dividida em relação ao disco (alguns elogiaram enquanto outros divulgaram comentários negativos), para o ouvinte fica a imagem de mais uma banda disposta a se divertir na estrada do rock. It´s Only Rock´n Roll, but I Like It.

Chickenfoot é rock básico


A receita não é nova, mas parece que ainda funciona. Quatro nomes conhecidos da história do rock decidiram unir forças e formar mais um supergrupo: Chickenfoot. Apesar de ser um nome prá lá de estranho (a tradução é pé de galinha), é o resultado da união do vocalista Sammy Hagar (ex-Montrose e Van Halen) com o baixista Michael Anthony (ex-Van Halen), o virtuoso guitarrista Joe Satriani e o competente baterista Chad Smith (do Red Hot Chilli Peppers).
A sonoridade é calcada no hard rock dos anos 70, onde os riffs de guitarra se sobressaem nos arranjos. Uma tarefa fácil para um músico do quilate de Satriani, acostumado a passear pelas escalas pentatônicas de sua guitarra.
É impossível deixar de associar o som com o do Van Halen, até porque há dois ex-integrantes desse grupo nessa nova banda. Mas isso não representa um ponto negativo. Pelo contrário: Sammy Hagar teve ótimos momentos no Van Halen. E vale acrescentar que Satriani tem o mesmo tipo de pegada virtuosa nos solos.
O single de divulgação do disco, Oh Yeah, é bem descontraído e mostra uma banda descompromissada, apesar de todos os integrantes saberem bem o que querem. Mas há ótimos momentos nas faixas Sexy Little Thing, Runnin Out, Get It Out e Down The Train, todas de fácil audição para quem gosta do bom e velho rock´n roll.
Para Satriani, esta é uma ótima oportunidade para mostrar ao público que ele consegue também desenvolver um traballho em paralelo ao da música instrumental.
Se por um lado a crítica no exterior ficou dividida em relação ao disco (alguns elogiaram enquanto outros divulgaram comentários negativos), para o ouvinte fica a imagem de uma banda disposta a se divertir na estrada do rock. It´s Only Rock´n Roll, but I Like It.

O que é que esta portuguesa tem?

Se estivesse vivo, o compositor Dorival Caymmi talvez desejasse fazer uma brincadeira com a canção O que é que a baiana tem?, ao ouvir o disco Você e Eu, gravado pela cantora portuguesa Teresa Salgueiro com o Septeto de João Cristal.

O disco recria com maestria 22 clássicos da nossa música popular, a ponto de fazer o ouvinte duvidar se a cantora tem realmente origem lusitana. A entonação da voz da soprano é perfeita e se encaixa dentro das composições.
O característico sotaque lusitano só é percebido em alguns raros momentos do disco.


O repertório escolhido passa pela época de ouro do rádio (Na Baixa do Sapateiro, Risque, Samba da Minha Terra) e pela Bossa Nova (Triste, Você e Eu, Inútil Paisagem, Felicidade), até chegar a produção mais recente dos anos 60 e 70 (A Banda e Valsinha). E revisita ainda um chorinho classico de Pixinguinha com letra de Vinícius de Morais (Lamento).

São canções que por si só já agradariam qualquer amante da nossa boa música. Mas todas ganham um frescor novo com os arranjos semijazzísticos e acústicos do Septeto de João Cristal. Chovendo na Roseira, por exemplo, parece evocar Elis Regina e Tom Jobim, no disco genial que ambos gravaram juntos em 1974.


Ex-vocalista do grupo Madredeus, Teresa Salgueiro mostra que tem um brilho próprio. Mas parte parte do sucesso também se deve ao grupo que a acompanha. João Cristal e seu Septeto se integraram com perfeição ao nosso cancioneiro popular.

O segredo talvez resida no fato de Teresa Salgueiro não ter tido a preocupação de imitar ídolos ou recriar arranjos anteriores. Ela simplesmente prestou um tributo sincero, mostrando um enorme respeito pela nossa cultura, que por sinal nunca deixou de estar próxima de Portugal. E os versos finais de Lamento parecem explicar o seu amor pela nossa MPB ("...não há coisa mais linda neste mundo, que meu carinho por você").

Voltando a Caymmi, que por sinal é lembrado em dois momentos no disco (Samba da Minha Terra e Maracangalha), talvez ele perguntasse agora, atualizando a letra de seu clássico dos anos 40: O que é que a portuguesa tem? E a brincadeira ganha ares de profecia se lembrarmos que a primeira intérprete dessa canção, Carmem Miranda, nasceu em Portugal. Um sinal de que talvez essa relação musical estava escrita nas estrelas, ou melhor, na esquadra que conduziu Pedro Álvares Cabral até o nosso País.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma grande aventura

Este é um momento especial. Creio que pode ser o começo de uma grande aventura, sempre norteada pela música, sem preconceitos. Somente uma opinião sincera, aberta para debates com pessoas interessadas no mesmo assunto.
Ao comentar lançamentos ou mesmo relembrar fatos que marcaram uma época, penso que o mais importante é não demarcar fronteiras e procurar ser isento. Senão o trabalho perde o sentido e não atinge o seu objetivo. As pessoas merecem conhecer mais sobre música e suas vertentes e influências dentro da cultura pop contemporânea.
E é isso. Vamos lá, pois o trabalho nos espera!