segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A força do Rock
A banda santista Shadowside tinha tudo para estar atravessando um período difícil. As trocas de integrantes antes do segundo disco deixaram os fãs apreensivos. E para aumentar mais a tensão, o primeiro disco, Theatre Of Shadows, recebeu rasgados elogios da crítica especializada do Brasil e do exterior.
Porém, nada disso se confirmou. Dare To Dream é tão bom ou até superior ao primeiro disco da banda. Um excelente álbum, que mescla peso de canções baseadas no rock dos anos 70/80 com momentos mais calmos, como a balada Time To Say Goodbye.
A vocalista Dani Nolden resolveu assumir a posição de front woman. Escreveu a maioria das letras. E se aliou ao não menos talentoso guitarrista Raphael Mattos, que ingressou nessa nova formação, um fã confesso de Scorpions e outras bandas dos anos 70/80, como Pantera e Iron Maiden, assim como a vocalista (que tem a banda Heart como uma de suas referências). A banda é completada pelos competentes Edu Simões (baixista, outro estreante) e Fábio Buitvidas (baterista remanescente da primeira formação).
Dare To Dream é um disco de rock. Esqueça os estereótipos ou os incontáveis rótulos do Metal. Canções como Baby In The Dark e In The Night (esta é a minha preferida) são perfeitamente comerciais, ou como querem os entendidos - pop.
Os vocais de Dani Nolden estão mais afiados do que nunca. Ela não tem os dotes operísticos de uma Tarja Turunen. E ainda bem, pois o rock pede mesmo é aquela pegada forte, capaz de te convencer a ouvir a faixa do início ao fim. E isso ela tem de sobra
Como disse anteriormente, há espaço para as baladas na Shadowside. Time To Say Goodbye tem uma melodia que lembra os bons momentos do Scorpions (a tal referência do guitarrista Raphael).
A produção de David Schiffman, um nome experiente que já trabalhou com grupos como Red Hot Chilli Peppers e Audioslave, entre outros, foi um fator decisivo para o êxito desse segundo disco. Ele deixou a banda a vontade no estúdio, ao invés de interferir no trabalho.
Dare To Dream é o apêlo sincero de um grupo de músicos que deseja conquistar o mundo. E tem tudo para conseguir alcançar seu objetivo. Um som forte, potente, que pode ser tocado em qualquer parte do planeta. Vida longa para a Shadowside.
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Além do belo solo de guitarra, aposto que o Mário Jorge adorou a sacudida de cabelo da vocalista. O que acha?
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