quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O estilo country segundo John Fogerty



Trinta a seis anos depois de ter prestado um tributo a country music em seu primeiro trabalho como artista solo, o músico John Fogerty, fundador da banda Creedence Clearwater Revival, retoma as raízes folk em seu mais recente lançamento. The Blue Ridge Rangers Rides Again traz vários clássicos do estilo que serviu de base para sua formação musical.


No primeiro trabalho, lançado em 1973, Fogerty tocou a maioria dos instrumentos. Desta vez, ele se cercou de um time competente de músicos. E ainda contou com Bruce Springsteen como convidado em uma das faixas (When Will I Be Loved).

O disco tem 12 clássicos de artistas como John Prine, Buck Owens, Everly Brothers e John Denver. A mescla de canções feitas por gerações diferentes parece que deu ao disco um frescor novo. Não soa repetitivo, embora o estilo country costume tender para o mais comercial, fácil de tocar em rádio.

É impossível deixar de relacionar a música country com o Creedence e, por consequência, com o trabalho solo de Fogerty. Basta escutar os discos de sua antiga banda e de sua fase atual como artista solo, para perceber a nítida influência em várias canções, além do rock´n roll dos anos 50/60, é claro.

Back Home Again é uma ótima canção de John Denver que Fogerty resgata de forma oportuna e competente. E se complementa de forma hamônica com outras mais antigas, como Moody River, sucesso de Pat Boone do início dos anos 60.

A instrumentação é discreta e jamais se sobrepõe a melodia e a voz de Fogerty (que está em plena forma), apesar de o artista ser um solista competente. Os arranjos funcionam como uma moldura de um quadro, que só complementa e ressalta a beleza da obra de arte.


É possível notar que algumas canções do disco poderiam ter sido lançadas em álbuns do Creedence, como I Don´t Care (Just as Long as You Love me) e I´ll Be There (não confundir com o hit homônimo do Jackson 5).


The Blue Ridge Rangers Rides Again é um disco que agrada tantos os fãs do Creedence como os que admiram os estilos country e folk. Com esse novo trabalho, Fogerty acerta mais uma vez no gosto do público. E mostra para as gerações mais novas como foi moldado o seu estilo inconfundível como cantor e compositor

Um comentário:

  1. Otero, com referência aos comentários que você deixou em meu blog: 1. prefiro que a Dilma vença. José Serra, não! Senão virão de novo com as tais privatizações e aquela lorota de que tudo ficará melhor na mão da inicitaiva privada. Privatizaram o Banespa e não foi bom negócio. Privatizaram a telefonia e ficamos à mercê do atendimento eletrônico. E por aí vai.
    2. Não conheço a obra da Dolores Duran, exceto uma ou outra música. Quanto à Maria Bethânia dos anos 70 e 80, conheço. ''Do mesmo modo/ como é verdadeiro/ o diamente/ que você me deu./ Pois todo o copo/ do que você faz/ e diz/ só faz fazer de Nova Iorque/ algo assim como Paris''... Obrigada pela visita.
    Seu blog está muito bom!

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