domingo, 16 de maio de 2010

Roger Hodgson em Sampa


Nunca escondi de ninguém ser fã de Supertramp. Suas canções embalaram minha adolescência e até hoje perduram em minha memória. E as que eram soladas por aquele cantor de voz em falsete agudo eram as que eu mais gostava. Pelo simples fato de que eram canções mais emblémáticas. O cara abordava temas com os quais eu me identificava, como a que tratava das angústias de ter que encarar a maturidade antes do tempo previsto (The Logical Song) ou a que dava aquele tapa certeiro na cara dos descrentes(Dreamer).

No dia 14 de maio, tive a oportunidade de ver o tal cantor da voz em falsete, chamado Roger Hodgson, em um show no Via Funchal. Para a ocasião ele montou uma banda de apoio que procurou reproduzir com perfeição a sonoridade de seu antigo conjunto, que havia deixado em 1983 para se dedicar mais a família e a sua carreira solo.

E para minha grata satisfação, percebi que a voz de Hodgson continua intacta, apesar da idade (fez 60 anos em março). Sua musicalidade e presença de palco também não foram afetadas pelo o tempo. É um daqueles artistas facilmente reconhecíveis ao primeiro acorde da canção ou no primeiro verso cantado.

O show contou com os velhos clássicos do Supertramp. Abriu com Take The Long Way Home (com direito a introdução de gaita harmônica e seguiu com Give A Litte Bit e Hide In Your Shell. Apresentou canções do álbum Crisis What´s Crisis? (Easy Does It, Sister Moonshine e Lady) que foram reconhecidas pelo numeroso público que lotou as dependências do Via Funchal.

Na parte final, a execução de Fool´s Overture, uma peça musical de 10 minutos, com influência direta do rock progressivo, levou a plateia ao delírio. E no bis, ele ainda emendou duas canções incrivelmente atuais: School e It´s Raining Again, ambas cantadas em uníssono pelo público.

Como fã, fiquei plenamente satisfeito. Não pela repetição dos clássicos em si. Mas pelo fato de vê-lo vivo, feliz e ainda com algo a dizer ao público em geral com sua música. Suas canções mais recentes, como The Awakening e Along Came Mary provam que ele continua produzindo pérolas musicais que precisam ser melhor divulgadas. A música pop e o rock agradeceriam de bom grado tal contribuição.

Para quem não conhece sua obra ou não teve oportunidade de vê-lo ao vivo em São Paulo, segue abaixo um vídeo gravado em 2006 em Montreal, com o clássico Dreamer.

2 comentários:

  1. Estive lá no Via Funchal e faço de Suas palavras as minhas também.Foi uma grata surpresa o Show em si, tendo destaque al~em de sua voz inconfundível o Percionista da gaita, do Sax, da Segunda Voz etc.. Muito bom. Agora posso dizer que eu fui....

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  2. Eu tambem fui no show do Hodgson, no Chevrolet Hall em Belo Horizonte, o melhor show que fui. Eu sou operador de som e ja vi grandes shows. Más igual a esse, nunca vi nada igual.

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